domingo, 30 de maio de 2010

Sonhos Reais

Sei o que quero e o que não quero. Perdoem a elipse discursiva, mas é algo tão meu... Posso dizer-vos o fim da história: não sei se o encontrarei, se será possível... Sei que eu retribuirei completa e arrebatadoramente!...
Sentiremos e dançaremos sempre ao som da mesma música de Verão!E não só!...

Alea jacta est

A noite hoje foi fantástica! Porque eu estava diferente, porque eu pensei diferente, porque eu falei diferente, porque eu sou diferente, porque eu deixei voltar a minha tão amada "loucura", porque sorri e ri, porque estava de bem com o mundo e voltei a brincar, e acharam-me piada. Hoje a noite deu-me o impulso para, quem sabe, talvez, renascer!
"Vini, vidi, vici!" Braga, às vezes até é engraçada... no tempo dos romanos!"...et pluribus unum."

afectos, efectivamente

Relações tensas. Elas existem. E são perturbadoras. Seja com os amigos, com os amores, com a família. Desgastam tanto! E pouco há a fazer, a não ser dentro de nós. Os outros só mudam se quiserem e nós também. É urgente não nos sentirmos afectados pelas tensas relações. Elas não são boas. Há algumas hipóteses: ou abandonámo-las, ou aceitámo-las ou... Sofremos.
Temos que saber quem somos, o que pensamos, o que sentimos, o que queremos e seguir esse caminho. É uma tarefa muito árdua. Porque mesmo havendo quem pragueje alto dizendo: mas EU sei tudo isso! A verdade é que são poucas, pouquíssimas as pessoas que se conhecem bem, se amam e respeitam a si e aos outros, ao ponto de não permitir... relações tensas. Não interessam. Não nos dizem respeito. Já fui e sou muito criticada. E sofro com isso. Porque penso que todos têm razão menos eu. E essas pessoas sabem que têm esse mesquinho poder. Vou colocar as formas verbais no passado. Porque como já escrevi algures, há que dizer a quem amamos o que sentimos que deve ser dito. Mas SEMPRE despojado de orgulho, soberba, insegurança, frustração, prazer malévolo em magoar. Há que dizer as coisas com AMOR. O Amor Universal. Se assim não for, raivas, ressentimentos, mágoas espalham-se pelo Universo! E isso é tão contra-natura... Se eu consigo?... Não, nem sempre... Mas asseguro-vos, e quem realmente me conhece (número felizmente tão redizido!), sabe que é uma das minhas lutas! Não quero saber do que pensas de mim. Quero que me aceites tal como sou. Se não o conseguires fazer... eu seguirei o meu caminho, porque não quero que nenhuma energia negativa me perturbe.
Somos humanos... pois é... e, por isso, não agimos linearmente. Mas, por sermos humanos temos o dever que é divino de transformar.
Quando alguém vos elogiar, mas logo, logo a seguir se auto-elogia... Quando alguém repete constantemente que estás errado (a)... Quando alguém se esconde atrás do seu próprio ego e a nada responde, porque "pode ter um ataque de nervos" (ai, que medo!)... Quando alguém vos julgar e a seguir... não continua a conversa... Quando alguém vos criticar negativamente (sem Amor) e isso lhe der prazer, um prazer não de rir "a bandeiras despregadas", mas o prazer de dizer a si mesmo "eu sou assim, e não mudo"... Quando alguém vos vir chorar e não quiser saber por que rolam as lágrimas, dizendo coisas tão fantásticas "como deixa lá", "pois é..." "Isso passa..." "Não leves tudo tanto a sério" e afins... Fujam! Literalmente, Fujam! É só uma questão de tempo: começas a sentir-te cansado (a), deprimido, de manhã, à tarde, de noite... E para quê? Porquê? Deixa-os... Sacode o pó do caminho e segue o teu, que é muito diferente.
Aprendo comigo, com o Universo e com algumas, tão pouquíssimas, mas tão maravilhosas pessoas! E garanto-vos, o número é mesmo reduzidíssimo, mas basta.
Abraço e entrelaço para sempre essas pessoas. Aquilo que desejo para mim (que é muito e muito bom!) desejo para elas!
Quem faz o outro sorrir, floresce a cada novo dia! Amén.

sábado, 29 de maio de 2010

continuation

Querem mais? Eu quero:) Ah! o meu sobrinho está em Lisboa, na fase final do Concurso de Leitura, a nível nacional! O meu orgulho...Por muitas razões. !

Bisous

Il y a des mots et des chansons magnifiques...

j'ecrit seulemente pour moi. Me sent bien dans ce moment à écrire quelque chose dans une langue que n'est pas la miene. Cést romantique, liberateur... O meu pensamento é imenso e não conseguiria continuar a escrever assim. Em inglês, com certeza, mas seria como comer lagosta com água...
Entretanto, a música embala-me e eleva-me...
Quero voar qual pássaro com asas de desejo. Quero rir qual criança ao ver o brinquedo perfeito. Quero nadar qual sereia em alto-mar. Quero dançar qual flamingo de corpo esbelto. Quero comer quais deuses perante a ambrósia. Quero beber qual gatinho com a sua pata, cerrando os olhos. Quero correr qual gazela em liberdade. Quero respirar qual rafeiro a sentir o dono. Quero amar, vivendo "la vie en rose"!
"Et quand tu me prens dans tes bras... Me dit des mots d'amour... Il me parle de bonheur... Maintenant c'este moi pour lui, lui pour moi dans la vie...
Já cantei muitas vezes esta canção. Perdoem-me o francês, mas há momentos em que preciso de deixar fluir a minha alma... Como diz uma muito querida amiga: bisous...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aos meus amigos bracarenses, sportinguistas, portistas e outros... Mas está na hora de un petit peu de savoir:)We are the champions!!! Com carinho.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Hummm... o café

"Uma lenda conta que um pastor chamado Kaldi observou que suas cabras ficavam mais espertas ao comer as folhas e frutos do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e sentiu maior vivacidade. Um monge da região, informado sobre o facto, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.

O conhecimento dos efeitos da bebida disseminou-se e, no século XVI, o café era utilizado no oriente, sendo torrado pela primeira vez na Pérsia.
Na Arábia, a infusão do café recebeu o nome de kahwah ou cahue (ou ainda qah'wa, do original em árabe قهوة). Enquanto na língua turco-otomana era conhecido como kahve, cujo significado original também era "vinho". A classificação Coffea arabica foi dada pelo naturalista Lineu.
O café no entanto teve inimigos mesmo entre os árabes, que consideravam suas propriedades contrárias às leis do profeta Maomé. No entanto, o café venceu essas resistências e até os doutores maometanos aderiram à bebida para favorecer a digestão, alegrar o espírito e afastar o sono, segundo os escritores da época."

Perdoem-me esta extensa informação, mas há nas lendas um "não sei o quê" de verdade e magia.
"Vamos tomar café"; Um dia destes tomamos café?" Rituais que podem apenas significar "vamos encontrar-nos..." Mas já me conhecem... Não é sobre a convivência social do café nem da metonímia que vou falar... Já me conhecem...
Comprei uma serigrafia que adoro! Os tons, cheiros de África embrenham-na (bem, a moldura custou mais que a serigrafia, mas é bom sobre-elevar os nossos caprichos- que eu direi desejos- às vezes...
Eu não devo beber café. Ponto. Mas é impossível! Claro que o faço, quando sei como o meu espírito poderá reagir.
Sinto a forma dos grãos, sempre que posso... Por mim, caminhava sobre eles, despia-me perante eles, desfalecia em amor...Absorvo as histórias de calor e sensualidade que exalam... Descrevo-o... Intenso, colorido, odor de terras que nem sei se existem, mas que quero percorrer... Cerro os olhos, insufluo as narinas e escuto músicas e gentes calorosas... Entrego-me ao sabor, não antes do odor... Acorda os meus cinco sentidos... acorda, mima, equlibra...

Um príncipe enlouqueceu por amor. Chamava-se Iani. A loucura fê-lo percorrer o karma dos loucos. Trancado no castelo, no corpo e na alma, desceu às profundezas do inferno. Na fogueira dos perdidos, atiçada com raiva, desdém e ódio, intolerava o calor... Lembrou-se de tudo. Do amor perdido, da vida faustosa, da futilidade, da devassidão. Irina estava lá. viu-o. Num gesto animalesco, Iani, gritou, blasfemou, trovejou... Ela percebeu que nem ali ele conseguia ter paz... Irina era bela. Belíssima. Os seus cabelos eram a grande confusão de lúcifer! Não queimavam, não encrespavam, não mudavam a cor! Irina entrelaçava as mãos. Sempre. "Piedade!" Pensava o dono do desterrro humano. Não, Irina agarrou em vida uns grãos. Passo à frente pormenores... Iani desistiu até da morte. Ela tinha consigo o veneno destinado ao inferno. Uns grãos que começou a desfazer com as suas mãos queimadas, solitárias. Deitou o pó, deles extraído, na caldeira preferida do mestre. Uma nuvem inebriante começou a formar-se... Iani desconheceu-se, mas reconheceu Irina. Abraçaram-se e elevaram-se nesta nuvam, tão leve, mas tão consistente. O que fez lúcifer? Deiixou-os partir. Hein??? Pois é... Há magia até nos momentos mais finitos, e infinitamnte derradeiros. Ainda hoje, diz-se que o mestre do desterro morre de amores pele nuvem que paira. Iani e Irina? É uma história que foi esquecida, menos pelas almas que absolvidas do corpo se deixam guiar pelos sentidos... Já nada é como nos contaram...
Eu, sempre que posso, onde quer que esteja e com quem esteja, acordo os meus sentidos, afasto a fogueira irada e continuo a saber da história de Iani e Irina, na companhia de um café...

sábado, 22 de maio de 2010

Pergunta-me

Pergunta-me e eu respondo, mesmo que não saiba a resposta, falo contigo, sempre. Pergunta-me e ouve. Mas baixinho... Porém, não te admires se eu gritar. Grita, não comigo, mas com a situação. Pergunta-me e eu deixarei de estar calada. Pergunta-me. Dou-te as respostas mais objectivas, mais loucas, mais mágicas, mais infantis, mais maduras, mais indecisisas, mais ambíguas, mais irritantes, mais queridas, mais divertidas, mais correctas, mais politicamente incorrectas... Mas pergunta-me, porque estou aqui. Para isso tens que regressar ao Paraíso, tens que te entranhar no meu mundo, que nem sempre é de cá, mas eu estou cá. Tens que querer.
Também já só me escutei a mim mesma. Ouvi, mas recriei o dito.
Quem não pergunta, não pode esperar muito... É como achar que se sabe tudo, e isso é impossível no mundo amargo e doce dos humanos.
Estamos aqui para dar brilho a uma estrela pálida. Se assim não for, vagueamos... por aí...
O cinismo, a adulação, a dissimulação, o exagero, a ausência de selecção a quem queremos mesmo bem é frequente. Desilude, humilha, devasta quem acredita num mundo diferente. Detectar estes seres completamente frustrados, é uma experiência ao mesmo tempo fantástica e vazia.
Deixem-me adormecer ao sabor das ondas, deixem-me ser eu, deixem-me beber, comer, gritar, dançar, estar calada, RIR, gozar, "dar um mergulho no mar"... "E tu vais ver..."
Façam-me só um favor: deixem-se de merdas e de tretas! Mais vale quem discute comigo do que quem se esconde. Eu, sou eu... Queria voltar àquela esplanada, à espera, a fumar o meu cigarro, numa manhã qualquer,em que fui estrela... Para mim, e para quem eu sei...
De resto, aprecio os tesouros e vou-me deixando estar... Mas que irei sempre a algum lugar que é o espelho de mim, ai isso irei!

domingo, 16 de maio de 2010

Um dia contarei a história que é a minha vida III

Os Natais eram belos! O presépio tinha musgo fresco apanhado no quintal, a árvore era natural. O pai cortava-a. Mas eu escolhia-a... Compravam-me as coletâneas de música que guardo em vinil ainda hoje... Tínhamos presentes. A cozinha era um palácio onde rainhas imperavam. O jantar era diferente... (na altura, eu detestava batatas com bacalhau!). Experimentávamos os presentes... Simples, tão simples mas tão importantes, fundamentais! Cantávamos:) Eu, o irmão e a madrinha! Cantávamos muito! Não importava o resto do ano. O Natal era simplesmente precioso... O pai trazia sempre chocolates, daqueles de colocar na árvore e guardava mais alguns só para mim... Havia passas, pinhões, Porto, champanhe. O frio era tão quente! Era melhor que o sol dos trópicos! Os gatos percorriam a casa. Entravam, saíam, espreguiçavam-se, subiam aos sofás, faziam-nos sorrir...
A canela... Ai, a canela... Na aletria, nos mexidos... O bolo-rei com brindes que nós sabíamos que era o pai a pô-los lá:)... As ruas eram vazias de sons, mas o ar tinha a música da orquestra de todos os anjos. Não se viam carros na rua. Tudo estava fechado. E tudo me bastava. É o que me lembro e é o quero lembrar.
Mesmo que o tempo não passasse, mesmo que estivéssemos ainda todos... não voltará a haver Natal.

Inquietação

Passados .... anos de vida, foram-me relatadas coisas que eu desconhecia. Aliás, tornou-se costume na minha vida, ultimamente. Tenho que refazer a minha história e ela chega-me em pedaços que ainda não me fazem sentido. Afinal, tenho mais para contar do que eu pensei.
Meu Deus, contem-me as histórias, objectivamente, sem maquilhagem nenhuma, porque eu quero ser um todo que ainda não percebi...

Coisas minhas

Digo sempre aos meus alunos que estão proibidos de escrever ou dizer: "É bom/ boa; É mau/ má". Que exigência Sra. Professora! Que castração!
Pois é... Então reparem: Como está o dia hoje, por aí? BOM; Achas que podia fazer melhor? Não, está BOM; O que pensas do estado do país? MAU; Gostaste?... Foi BOM; Então e aquele fulano da piscina? É BOM; Como foi o teu dia, amor? MAU. Porra!!! Parem com isto! Foi FANTÁSTICO! INEBRIANTE! IRRITANTE! EXECRÁVEL! DEMOLIDOR! MAGNÍGICO! TRANSCENDENTE! DESOLADOR! INQUIETANTE! DIVINAL! Porra!!! Deixem-se de frases feitas. Mais vale dizer: "foi lindo" do que É BOM!!! O código é: as maiúsculas são pura irritação!
Que exigência, Sra Professora! Que castração!
Neste momento... só queria sair daqui! Porém tenho assuntos para resolver, histórias por completar, sentimentos para eternizar. É complicado. Há um vazio preenchido por pedaços de cada dia. Sufoco, neste momento! Queria ir dançar até cair! Queria vadiar até me perder! Queria correr! Queria servir shots! Queria provocar uma rebelião! Porra!!! As coisas não são BOAS ou MÁS!!! São explosivas, graciosas, infernais, maliciosas, deliciosas, frementes, peculiares, grandiosas, extenuantes, arrepiantes, excitantes, vazias...
No frio, aqueço-me, envolvo-me nas mantas quentinhas, quentinhas, tomo banhos de imersão a escaldar! No calor, dispo-me, banho-me, descalço-me, vibro! Agora... o morno... Não me digam mesmo "Vem por aqui!". É que não vou definitivamente! Graças a Deus...

sábado, 15 de maio de 2010

Um dia contarei a história que é a minha vida II

Caminhava sem reconhecer os passos. Escondia-me na cabeça baixa de não querer que o mundo se pronunciasse sobre mim. Borrifei para os trajes, camuflei as formas do meu corpo, negligenciei o cabelo. Era indiferente. Tudo fora nascido melhor que eu. Ouvia música nas portas fechadas do casarão antigo da Sra- a-Branca. Coreografava, perseguia outros mundos e olhava o mundo real por detrás das cortinas daquela sala. Tinha medo. Tinha vergonha. Tinha muita solidão. Escrevia a letra das músicas: auscultadores e... ninguém sabia o que eu fazia. Mas cantava. E tocava. Era um orgão que me fora oferecido por uma amiga da família, em que premia as teclas, e com os conhecimentos que tinha da escola, tocava... E dançava.  E fazia de conta. A valer!
No hospital sombrio onde me deixavam com a madrinha, gravávamos canções, a duas vozes. Era magnífico!
Onde ficaram os meus dons? Algures, esquecidos por quem mos deveria desenvolver...
E continuei... a apanhar sol, no quintal daquela casa... Via o "Verão Azul" e "queria lá saber!"
Ninguém quis saber. Até ao momento, muito tempo depois, em que eu quis saber!
Hoje, a música, a dança, as letras percorrem o meu ser. Sem mágoas, neste aspecto.
E mais uma vez eu queria que me tivessem mostrado e dito que o sol nascia por e para mim. E que eu era o sol...

Explosão

O sexo é o poder mais devastador. Pode ser fascínio, delírio, evasão, doença, escolha, obrigação, mutilação, sublimação, verdade, dependência, libertação, ternura, confidência, partilha, fingimento, aconchego,  Maná. Ou tudo ao mesmo tempo.Ou nada.
Chamemos-lhe sexualidade. E muita coisa muda.
Há quem finja, há quem desespere, há quem se apresse, há quem retarde... Mas... Sexualidade é outra coisa.

Deixa para trás o que sabes.
Deixa para trás a ti

O meu corpo é a tua descoberta
O meu cheiro a tua rota

Deixa para trás o que viste
O que ouviste
O que leste

Faz com que as tuas mãos pesem menos que uma pluma
Faz com que a tua boca seja vadia ébria
Faz com que o teu corpo dance com os sentidos
Faz com que os teus olhos devorem os poros

Descobre os enigmas
Inventa sem experiências

Guia-te pelos gritos mudos ou não
Guia-te pelo seres guiado

Cheira, embrenha-te de todos os cheiros

Num corpo, descobre-se a canela, o açafrão, o tomilho, a pimenta.
Num corpo descobre-se a textura de rochas de corais, areia quente, mar salgado, grãos de café.
Num corpo, vive a cabana, o cobertor de penas, o chão tornado quente.

Tranfigura o cabelo em seda
Transfigura o outro corpo em lar

Cozinha
Mexe
Saboreia
Mistura
Aquece

Fecha e abre os olhos
Nos momentos certos

E... Deixa estar assim...

sábado, 8 de maio de 2010

Família

Li ontem, no aconchego do meu Lar, um artigo muito interessante. Uma das coisas que dizia era: "Há amigos e amigos, há invejosos e os que "nos sugam a alma". Reflecti, e fiquei mais... Forte. O artigo dizia também que nos devemos rodear por quem nos motiva, nos impulsiona, nos "põe gasolina no carro para andar"!
Eu... Que me entrego gratuitamente. Eu que me fascino por... tão pouco. Mas a malta cresce! Há amigos e amigos!
Nem vou falar sobre o que é um amigo. Escrevi um "post" que se chama "Emoções". Ah! Quem me dera! Alexandre O'Neill descreve o que é ser amigo, como só um poeta o sabe fazer! Não estou no caminho errado. Estou é nos momentos incorrectos perante o meu ser. Esbofeteada pela vida, penso no meu pai... Fez dois meses que faleceu.... Mas, o meu pai é a única pessoa que sabe o que eu sei... Não mo soube dizer, mas eu sei. Quando os seus amigos partiram, ele começou a marcha para deixar de viver. Pois é... Há quem viva de relações, e há quem viva de emoções... O meu pai partiu quando sentiu que era a hora. Por isso, não me revoltei, As saudades imensas são minhas... Ó pai, quando for velhinha que Deus me permita o que te permitiu. Estou aqui e continuo cada vez mais a querer viver, por ti. Ninguém nunca vai perceber, pai... As pessoas pensam que vivem, mas não... E julgam e criticam e vivem vidinhas TÃO vazias... Pai, viverei por ti... Eras ausente, mas NUNCA insconstante! Tinhas a sabedoria da vida e não a depressão do ser. Eras grande e se calhar só eu te vivi! Não interessa, pai. Preciso tanto de chorar... O resto é um vazio... MUITO pior que a morte. Sei que agora és feliz, não tens mágoas, angústias, tristeza, doença... Agora, finalmente, és FELIZ, meu pai. A tua neta, é alguém maravilhoso que eu tenho que conhecer melhor, A tua neta,,, é como eu, pai. Ambas à procura do caminho. Ela sabe mais do que eu. A minha Marta... Ensina-me o que sabes, porque eu... preciso de ti.
O que fica, é o AMOR que sentimos... E por ti eu abandonei tudo o que me poderia afastar... Foi, é tão natural... Meu pai, tenho tanto orgulho em ser a tua menina... Marta, obrigada por seres quem e como és. Se decidires ir aos confins do mundo, eu irei contigo. Sabes porquê? Porque és maior, és grande! NUNCA desistas do que REALMENTE queres! Ouve, o teu avô era GRANDE! Que consigas, como eu, olhar mais além dda realidade observada pelos outros. Sabes, Marta... Às vezes, queria pegar em ti e dar-te o Universo! Às vezes, projecto em ti o que me faltou! Esquece tudo! Sê o que realmente queres ser! A Vida não é linear, nunca o sejas! És tão maior! Sabes, Marta, se conseguissem falar como nós, dir-nos-iam coisas ainda mais fantásticas!!! Mas pelo menos que sejamos nós a fazer a diferença... És linda... Quero viver tantas coisas contigo...

Pequenas coisas...

Se vou celebrar a Vitória! Completamente!!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Emoções

Já choramos amores desfeitos, vitórias por penaltis, funerais.
Já demos as mãos, já demos os braços, já demos murros na mesa, gritos, saltos mortais!
Já cortamos fitas, bolos de aniversário, imagens especiais.
Já trocámos palavrões, segredos, notícias boas, notícias más.
Já nos encontrámos à noite, já perdemos a cabeça, bebemos demais.
Já vestimos a mesma camisola, andámos na mesma escola, jogámos à bola, fomos doutros carnavais.
Já beijamos bebés, já bebemos cafés, já trocámos alhos por bugalhos...
Já vimos o sol pôr-se, vimos o sol nascer, vimos a lua cheia, vimos gente a sofrer...
Já contámos histórias, já contámos dinheiro.
Já fomos onde nunca estivemos!
Já fomos todos os dias do calendário, todas as palavras do dicionário,
Todos os versos do poeta, já enchemos o mar de sal!
Já rezamos, já desacreditámos, já vivemos tanto! e queremos viver ainda muito mais!...

domingo, 2 de maio de 2010

Dor

Escrevi há já bastante tempo um "post" intitulado: "Tenho saudades". E tenho e terei sempre. De algo, de alguém... Eram outras as circunstâncias, como verão...
O meu gatinho, hoje, foi viajar... Outrora fora levado por mim e pelo meu pai... Outrora... E este gatinho velho, fez-me sentir um pouco de paz, na agonia sentida, porque lhe bastou o Amor sentido e fez-me perceber que a vida continua e que o que vale a pena é o Amor que demos e que nunca morrerá... Chorei muito, muito,  hoje, mas mais do que ninguém, foi o meu gato velho que quando entrou na casa da praia, se sentiu feliz! Acredito que os felinos (e não só,  mas sou como os felinos) sentem o que continua a  Viver... Chamem-me louca. Mas não sou... Agora, vou falar com o meu pai...



Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...

Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
- Porque ides sem mim, não me levais?

Sem vós o que são os meus olhos abertos?
- O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...

Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
- Estranha sombra em movimentos vãos.

Camilo Pessanha, Clepsidra

Todos os dias são dias de tudo

Desde pequenita que lá em casa me cantavam uma música de índole popular que dizia assim: " É triste perder um pai, como eu perdi o meu, mas perder a nossa mãe é perdermos um pedaço da vida que ela nos deu..." etc etc. Cada um sabe de si e "Deus de todos". Não direi nada sobre este assunto, mas no Universo cada um tem o seu lugar....
Agradeço a Deus por ter ainda comigo a Minha Mãe. Muito! Tanto!... Mas perder um pai... já vos disse que não vou continuar... Este poema é por demais conhecido, porém nele se encerram muitas verdades. Mãe, confia em mim, apesar de por vezezs acreditares que...

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o (a) menino (a)
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."

Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.

Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

Eugénio de Andrade, in "Os Amantes Sem Dinheiro"


Não sou mãe, mas quem sabe...
Amo-te, minha tão querida mãe...

sábado, 1 de maio de 2010

Por que procuras onde sabes que não te dão resposta?

Tenho uma menina de 14, 15 anos que tem 3 livros editados. Tenho o conhecimento gradual e sempre cada vez mais consciente das coisas. Tenho a sensibilidade dos sentidos! Tenho a saudável loucura do ser! Tenho pessoas que me fazem sentir bem! Tenho a sabedoria seleccionada de quem encontro neste caminho de Vida! Tenho pessoas que me fazem sentir péssima. Tenho pessoas que desesperam!
Diz-se que "de boas intenções está o inferno cheio". Reflito... E tenho que concluir: há coisas que nunca mudam ( e o pior é que não estou a encontrar outras palavras para "coisas").
Às vezes suporto, outras vezes não suporto, outras vezes fico... transtornada. E uma dessas "coisas" é a ignorância, a pior das doenças e a que tem uma das percentagens mais elevadas nos rankings do ser! Incrível!
Sequência de defeitos (não por qualquer ordem): negação/ inconstância/ ignorância/ resistência à mudança/ orgulho/ pedância/ etc/ etc/ etc!!!
Tirem-me daqui! Que coisa! Vocês estão bem uns para os outros! Eu não! E garanto-vos que por comparação, ainda que seja apenas nesta terra, ainda terão mais vidas que eu para viver. Cresçam! E deixem-se de verborreias! Tenho a sorte de poder comparar! Mais vale só... O resto já sabem! Que coisa! Que irritação! Sabem que mais? Deixem-me! Eu prometo deixar-vos a vós! Já chega! Que seca! Fiquem no vosso lugar. Quietinhos! Não queiram mais do que isso... Sinceramente, é um conselho... Deixem-me! "Estou além!" Estou farta! Chega!!!

Le Petit Prince

Como mulher, passei por histórias que a maioria dos seres com que me cruzo consideram, hum... treta. Sim. Não tenho quaisquer dúvidas.  P...