quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amarras

Numa janela, defronte para o mar, donde ninguém se vê, ela pensa e entristece-se. Pergunta: o que sou eu?, o que faço aqui? Por que estou aqui? Sabem porquê? Ela não encontrou o seu caminho, e não receia dizê-lo a ela mesma. Não consegue sentir o mar, a beleza, a inocência, a liberdade, a nudez que já experimentou, mas que as circunstâncias da vida parecem ter-lhe tirado.
De que vale uma janela defronte para o mar?
Mas antes que venha a "censura" ela sabe... E sabe tanta coisa que não cabe na palma da sua mão, imensa e tremedamente mais pequenina do que o mar... É belo o Mar! Mas ela não o consegue navegar, pois o que lhe foi tirado é imcompreensível... e pior do que isto, pobre menina, é não ter quem efectivamente lhe dê motivos para navegar...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Le Petit Prince

Como mulher, passei por histórias que a maioria dos seres com que me cruzo consideram, hum... treta. Sim. Não tenho quaisquer dúvidas.  P...