sábado, 19 de junho de 2010

Silêncio

A vontade de escrever é imensa. Mas nem sei o quê... Tantos e tão poucos gritos soltos, por aí. Gritos mudos, por vezes, não são a solução. É mesmo preciso Gritar a bons pulmões! Porém... Não vou gritar... Vou conversar. Que vontade de escrever e estar a sentir um vazio! Penso que os gritos me ensurdecem. E eu quero o silêncio. O silêncio dos corais. Estou cansada do barulho: dos carros, dos corta-relvas, das campainhas, de algumas vozes. Estou prestes a enlouquecer. Quando afirmo: "Deixem-me", não é para me deixarem, é para não falarem alto. Nem com a cruel mudez.
Tudo parece tão óbvio para as pessoas. Tão assertivas que elas são. Que barulho! Quero o silêncio. O silêncio... Se uma gaivota grasnar, se o vento se enfurecer, se os trovões rugirem, se o mar rebentar impiedosamente as ondas, se quem me quer bem, e a quem eu quero bem, falar e falar e falar... Estou em silêncio.
Amanhece... Quando tudo desperta, eu encerro o livro, fecho-o e rendo-me ao silêncio. Estou com frio e com uma enorme vontade de escutar... Nada.

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