sábado, 12 de junho de 2010

Houve alguém que nada me disse, mas disse tudo. Alguém que magoou sem saber. Alguém que tinha a sabedoria da Vida. Umas vezes certa, outras vezes errada, mas tinha... Ensinou-me sem saber, deu-me garra, deu-me discernimento, deu-me orgulho, deu-me... sem saber dar... Mas deu. E dele nasci. Sou sangue dele. Sou filha dele. E vêm-me agora com conversas de chacha? Não! Só quem sabe o que é o sofrimento, sabe o quanto se pode adqurir dele. Pode demorar tempo. Pode ser confuso. Mas é algo espiritual. Tantas coisas que estou a descobrir: com choro, com compaixão, com serenidade, com amor... Ninguém conhece o verdadeiro sofrimento de quem não o mostra. E lamento... Uma querida amiga escreveu-me :"Temos que nos reconciliar com a nossa história". As almas perturbadas estão bem vivas, apesar de andarem mortas e quererem fazer-nos morrer também. Ele nunca me deixou morrer... E eu sei que fiz o mesmo com ele... Despediu-se com a calma que sempre foi dele, e foi de mim apenas que esperou para se despedir... E senti que às vezes é melhor partir do que viver no inferno. Ao meu pai...

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