sábado, 18 de julho de 2009

Vidas passadas não movem moínhos

Todos nascemos da mesma maneira. Parto natural. Casariana, tal como Júlio César, daí o nome. Todos percorremos as fases da vida, se entretanto a ceifa da morte não nos cortar: a infância, a adolescência, a juventude, a idade adulta, a chamada terceira idade (apesar de eu não perceber esta designação. 3ª idade? Que cena!!!). Todos! E todos morreremos, pelos vistos, mesmo quando nos consideramos descrentes e diferentes. Porém, este caminho é insinuante e insinuoso, distinto entre os seres. Muito distinto!... "Ah e tal, tenho traumas." Ah e tal tens que me entender se gostas de mim, SE ME AMAS!" O que se faz, o que se sofre, o que se sacrifica em nome das mágoas da infância, da adolescência... É cruel! Ninguém merece. Ninguém escolheu. Mas muito menos os outros... É preciso ser-se muito sensível e perspicaz para separar o trigo do joio. A compreensão é uma coisa, a aceitação de comportamentos destrutivos é outra totalmente diferente! São precisos anos. Mas pode acontecer em meses. O que tem que acontecer é uma transparência interior tal, uma humildade interior tal, uma libertação de dor, raiva, mágoa, preconceito que efectivamente não é uma tarefa NADA fácil! Contudo, consegui-lo é melhor que a lotaria, o euromilhões, uma herança (isto é fantástico, atenção!). Mas nada disto que está entre parêntesis satisfaz nenhum ser racional, quando ele não VIVE para si e para os outros. Recebo quase todos os dias mails magníficos. Eles dizem tudo! E teimamos em permanecer nos "horrores" dos nossos passados. E a lamentar o que falta no presente!
"Ó pá, nós somos insatisfeitos... Ah ah ah!" E acham MUITA piada! "Somos Diferentes, 'tás a ver?" E acham mais piada ainda!. Se tivesse registado na minha vida, desde há alguns anos coisas que vi, ouvi, disse, talvez não precisasse de tanto tempo, de tanto desperdício de tempo. Talvez. Não, nada se torna perfeito, e não nos tornamos perfeitos... Não é o cimo do monte gigante que importa alcançar, mas o que fazemos nesse caminho (como detesto frase feitas, vario ligeiramente, mas há toda a verdade, nisto!) Tenho muito tempo. E se não tiver, fiz e faço o melhor que posso em cada momento.
Quem nos conhece de facto? Aqueles a quem nos damos a conhecer. Todavia, não é unilateral. Podemos conhecer alguém durante toda uma vida e não sermos "conhecidos". Podemos conhecer alguém durante um mês e sentirmo-nos parte fundamental deste Universo. Interesse. Magia. Cada vez há menos, mas há!
A minha primeira mensagem dizia:"Aprendo convosco". Aprendo todos os dias. Regrido, agarro-me às cordas do meu poder, subo de novo, renasço e até desgravar todas as K7s, ou deverei dizer CDs, que me gravaram, o exercício é idêntico.
Não escolhemos nem o sítio, nem a hora, nem a família onde nascemos. Mas escolhemos, HOJE, o sítio, a hora, a nossa vida, as cores da nossa casa, as flores do jardim, o almoço o jantar, a hora de acordar, os sapatos e o bikini mais ousado, o vinho branco ou o tinto e as pessoas que nos fazem tão bem! E quem não gostar... Não é de todo problema nosso!
Há anos, estive em Elvas (comodidades fornecidas pelo min. edu (nem vale a pena escrever tudo neste momento). Mas naquela altura, tudo era diferente: chorei quando fui para lá e chorei quando voltei à cidade dos jardins proibidos (da av. central -não é possível alguém ter tão mau gosto e frieza na cidade mais jovem da Europa e não adianta convencerem-me do contrário!) Elvas foi a minha Iniciação. E compartilho convosco uma música que me fez (não me perguntem porquê, simplesmente porque há coisas assim!) RENASCER naquela altura. Quem dá o que tem...

A todos os que são e serão importantes para mim...


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