sábado, 28 de novembro de 2009

Vivos

Avassalador é o reino dos vivos. Confronto a paz e nem discuto o que penso. Por que procuras em vão o teu destino? Ele não existe. TU EXISTES. Rodopio sem pensar. PENSAR INCCOMODA COMO ANDAR À CHUVA, já dizia o outro... Tormentas e vendavais no meu ser! Incomodo tanto quanto se sentem incomodados! Cai a chuva sem permissão, o frio destroça tudo menos o meu momento. A inquietude é apenas um estar... Perspectiva-te! A tormenta é belíssima, porque tremem as emoções todas ao redor. Contraterniza com todos os elementos! Vibra, grita, dorme na areia fria, aconchegado pelo calor. Aquece o tempo de esperança. Há quimeras de verdade e sem sopro de alma... Não importa já o que se vive. Importa o que se transporta no vento... Arrasta-me, vive em mim... As fendas que trespassam a noite são sinais. Estou no frio, lancetada do fogo que a vida me permite. Vivo além, ainda que aquém do que me ditaram. Na crista do sonho desvendo o mistério. E depois... Uma borboleta dança, tem cor e liberdade. É bela. Cuspo nos degraus. Sei onde vou pisar. Tudo é meu, porque me sei. Lá fora, a chuva cai! Graças aos céus!!! A noite que imaginei emerge em mim. Estou bem. Mesmo bem. Porque a respiração suave do Universo persiste ao odor de mim. Ainda que ofegante nunca será ninguém a ditar-me as leis! Ó vida, que mesquinhez, que arrogância, o pensar que se está acima! Fujo entre os meus dedos de sentir. Pressinto os sentidos e penso sem querer. Deixei de pensar... Continuo a amar o calor seguro do colo da minha mãe. Entretanto, fecho os olhos, educo os ouvidos, toco sem sopro em tudo. E tudo é meu. Um dia, quando o Verão começar, vou estar no parapeito do teu coração. Um dia, quando houver calor, vou sentir a pele a vibrar. Vou construir tudo... Logo que puder...

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