sábado, 28 de maio de 2011

Metáforas

Rasguei, sem querer, um pano de cetim. O castigo foi cruel. Era um pano. Mesmo sendo de cetim. E eu era feita de carne e osso e alma, espírito e matéria, pensamento e sonho. O pano era apenas de cetim.
Agora, tenho à minha frente um pano de cetim. Convido todos para a minha festa. Estão felizes pela festa e pelo pano de cetim... Subo ao palco. Sorrio e sorriem-me. Pego no pano de cetim. E, agora, só eu sorrindo, sem desdém, apenas calma, rasgo o pano, o de cetim, lanço ao ar a cor desbotada e ainda que a canalhada grite histérica para mim... estou a borrifar-me para o pano de cetim.

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