sexta-feira, 14 de julho de 2017

Le Petit Prince

Como mulher, passei por histórias que a maioria dos seres com que me cruzo consideram, hum... treta. Sim. Não tenho quaisquer dúvidas. 
Por isso, estou perfeitamente habituada (infelizmente) a que depreciem os meus tumultos. Ah, e as minhas vitórias, então??? Que culpa tenho eu da falta de empatia das pessoas? Está provado que "a empatia" não é para todos.
A questão é de egos e é tão surrealista quanto a depreciação"dessas pessoas". Não tenho pejo em falar das vidas de frustração delas. Sem qualquer consciência. É tão simples (???) andar enganado.
Entretanto, observo. Apenas. O bode expiatório tem que ser encontrado, porque, afinal, todas as vidas são perfeitas, não é? Alguém estragou! E é que estragam mesmo! O problema é que essa gente se vitimiza de tal forma que "faz chorar as pedras da calçada" e não veem um palminho à frente do nariz, não se conhecem, nem fazem um esforço! E eu não tenho jeito para aquilo da vitimizaçao. Nenhunzinho. Pedras atiradas, indiferenças, conversas de café ou de intervalos do trabalho. Porque é que não fumam? Eu, nos intervalos, vou fumar, e mandar umas bocas inócuas com uns e com outros, com quem faz o mesmo que eu, e a conversa fica ali, com umas risadas e umas expirações mais longas. 
A "solteirice" assusta as medíocres e parece incitar os... medíocres. A boa disposição, então!!! E depois desvelam "Le petit prince", enchendo a boca com frases maravilhosas, como se os seus atos fossem consonânticos com a sua alta admiração literária (mas isto é como com a religião e não há nada a fazer).  
A cena é simples e toda a gente sabe: nunca, mas nunca se consegue mudar os outros... Mudemos nós. Aliás, mudemos de rota. De país, se possível. De galáxia seria o ideal.
Esta mudança é tremenda para quem é sensível e valoriza as relações humanas. Por outro lado, o que é isto? A perda da inocência.O ganho de um certo sarcasmo e ironia, em que os que veem com os olhos não sabem, porque só se vê a verdade com o coração. E disto não tenho dúvida alguma.

domingo, 9 de julho de 2017

Assédio, invasão e perseguição camuflada

Não gosto de poesia. Muito menos de poetas lamechas. Honro os sentimentos das pessoas. Mas há um certo tipo de homem/ poeta que me assusta. Não porque o tema. Mas porque o considero desfasado da vida real, um louco. Não tem limites. Não os conhece. Domina as tecnologias e é invasivo. Inconveniente. Este será o primeiro e último post para o poeta que me persegue, pela incapacidade de ser gente. A este poeta aviso: já todos os meus sabem quem és. 
O assédio "camuflado" é algo que não vou continuar a tolerar. Se esta é a mais recente forma de controlares, tenho más notícias para ti. Se ainda tiveres lata, se ainda continuares a percorrer o meu mundo, alguém, que não eu, te colocará no lugar.
Aos que lêem o meu blogue, lamento ter que escrever estas linhas. E não mais ocultarei nomes. 

terça-feira, 4 de julho de 2017

Há muito tempo que me pergunto onde ficaram as minhas relações de amizade. Ficaram num espaço onde eu não coube, ou porque não me consegui encaixar, ou porque fui, claramente, descartável. Talvez porque nem sabia questionar as relações. Amigo é amigo, pronto e ponto. Não conhecia jogos, havia uma entrega de criança que ainda hoje teima em acreditar que as relações com os outros são, assim, simples, naturais, de entrega. Talvez porque saí de Braga para ir trabalhar e, neste entretanto, nas costas se cozinhava veneno. Invejas (muitas), bode expiatório (algumas).
Qual era a dificuldade de ir e voltar? Os sinais não os via. Agora vejo.
Que más companhias aquelas. Que ilusões criadas. Que chatice ser ingénua ou inocente. Que pessoas atraí. Que lições que não aprendi. Talvez achasse que assim era a vida. E outras pessoas encontrava e repetia os padrões.
Independentemente do meu ser carente, da baixa autoestima, que pessoas más eu conheci. Oportunistas, invejosas, interesseiras, manipuladoras, capazes de me terem feito duvidar de mim mesma, por séculos de vida. Quem não aprende a bem, aprende a mal. E assim é.
Nesta mudança, parece que o planeta mudou a órbita, que os astros lançaram raios de destruição, que o mundo inteiro esteve contra mim. Transformação é a palavra mais adequada. E dói. Perguntem às borboletas. 




sábado, 10 de junho de 2017

As 7 pragas do Egito

1ª . "Pensa sempre positivo!" 
Eu concordo. Mas a apologia deste tipo de postura, em contextos claramente humanos, quando se está no fundo, lá no fundo, é , no mínimo, um diploma de ignorância a quem o diz e uma falta de respeito pelo outro. É que a malta não escuta, estão ver? Mesmo que lhe seja explicado. Até porque não interessa, não é? Basta pensar positivo e puffffffff! 
2ª . "Não podes ficar assim! Reage!"
E vem esta gente com discursos lambidos por todos os lados e com postagens de tanta apreensão pelo sofrimento humano nas redes sociais!
3ª ."Respira 3 vezes" 
Eu respiro as vezes que eu quiser!
4ª ."Oh! Desvaloriza."
Pois. Quando é com eles (as), há que valorizar! Nem que seja porque um cano rebentou, o que constitui uma tragédia, que se gosta sempre de ouvir em pormenor!
5ª . "Faz ioga, meditação, reiki. Só assim te conhecerás." 
Esta do "só assim" é maravilhosa! Porque dançar, andar de bicicleta, mergulhar e nadar, jogar ténis, voleibol, andar descalço,"brincar", beber uns copos, comer, rir, chorar, gritar, conversar e conversar e conversar impede qualquer tipo de libertação de energia, percebem? E se não for em grupo também pode dar uma coisinha má às pessoas! E quanto ao auto conhecimento? Nem pensar! Só mesmo daquela forma, ok?
6ª  ."Não chores." 
Porque chorar é um pecado. Nem sei porque é que temos sacos lacrimais!??
7ª  . "Mostras-te demais! Não devias.... isto, isto e aquilo!!!"
É. Eu sei o que algumas pessoas pretendem com isto. Bardamerda. 

E nestas voltas das opiniões dos outros, andamos nós às voltas, porque estamos frágeis, rodopiamos, duvidamos de nós mesmos, perdemo-nos... até ao momento em que, mais cedo ou mais tarde, a ferros, começamos a escalada para o definitivo "BASTA"!
Procuramos as mesmas coisas, nisto acredito. Mas, definitivamente, não somos todos iguais, no íntimo, na inteligência emocional. Há muitas vidas para viver (diz-se, porque eu já não quero sequer saber disso para nada).



domingo, 30 de abril de 2017

Caixa de Pandora (fonte: wikipédia, com melhoramentos na escrita)


Pandora

O nome Pandora vem do grego antigo: Πανδώρα, que significa "a que tudo dá", "a que possui tudo", "a que tudo tira". Na mitologia grega, foi a primeira mulher, criada por Hefesto e Atena, a pedido de Zeus, com o fim de agradar aos homens.

Pandora foi a primeira mulher que existiu. Foi criada por Hefesto (artista celestial, deus do fogo, dos metais e da metalurgia) e Atena, (deusa da estratégia de guerra, da civilização, da sabedoria, da arte, da justiça e da habilidade), tendo sido ambos auxiliados por todos os deuses, sob as ordens de Zeus. Cada um deles lhe deu uma qualidade: recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança, no canto e nos trabalhos manuais, semelhante às deusas imortais. Foi enviada ao titã Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, aquele esqueceu-se de tudo quanto lhe fora dito pelo irmão e tomou-a como esposa. Este deus tinha em sua posse uma caixa: "A Caixa de Pandora", que, outrora, lhe haviam dado os deuses como presente de casamento, e que continha todos os "males". Pandora abriu a caixa, inadvertidamente, e todos os males escaparam, exceto a Esperança. Com estes Bens, foi dado início ao Tempo da Inocência e da Ventura, conhecido como a Idade de Ouro.
Hesíodo conta duas vezes o mito de Pandora, na Teogonia não lhe dá nome, mas diz: 

"Dela vem a raça das mulheres e do género feminino.
Dela vem a corrida mortal das mulheres
que trazem problemas aos homens mortais entre os quais vivem.
E nunca companheiras na pobreza odiosa, mas apenas na Riqueza."

Hesíodo lamenta os homens e mulheres, que tentam evitar "o casamento", por pensarem que "o mal" é provocado pelas mulheres:

"Ele chega à velhice mortal sem que ninguém cuide dele , e, embora não sinta a falta de meios de subsistência enquanto vive, depois de morto, os seus parentes dividiram entre si toda a sua herança."

Hesíodo admite que, ocasionalmente, um homem encontra uma mulher "boa", mas, ainda assim, "o mal rivaliza com o bem."
Em Os trabalhos e os dias, Hesíodo reconta o mito, desta vez chamando de Pandora àquela que foi a primeira Mulher.
Nesta versão, e também, por ordem de Zeus, Hefesto molda em barro uma adorável moça, Atena ensina-lhe as artes da tecelagem, Afrodite embeleza-a, e Hermes dá-lhe "uma mente despudorada e uma natureza enganosa" (67-8). As Cárites e as Horas adornaram-na, e, por fim, Hermes deu-lhe a voz e um nome: Pandora. "Todos os que habitam o Olimpo lhe deram um presente: "uma "praga" para aqueles que comem pão" (81-2). Hermes levou-a a Epimeteu, que a recebeu. O mal (doenças e trabalho) começa quando Pandora abre o jarro, e "pragas" incontáveis saem dele. Só a Esperança se tornou eterna.

P.S. Como qualquer conto espalhado, oralmente, pelo Povo, ao longo dos tempos, que cada um "tire" (a sua) Moral da História.

Le Petit Prince

Como mulher, passei por histórias que a maioria dos seres com que me cruzo consideram, hum... treta. Sim. Não tenho quaisquer dúvidas.  P...